Naquele tempo, 5 algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas

 


Naquele tempo, 5 algumas pessoas comentavam a respeito do Templo que era enfeitado com belas pedras e com ofertas votivas. Jesus disse: 6 "Vós admirais estas coisas? Dias virão em que não ficará pedra sobre pedra. Tudo será destruído". 7Mas eles perguntaram: "Mestre, quando acontecerá isto? E qual vai ser o sinal de que estas coisas estão para acontecer?" 8Jesus respondeu: "Cuidado para não serdes enganados, porque muitos virão em meu nome, dizendo: 'Sou eu!' E ainda: 'O tempo está próximo'. Não sigais essa gente! 9 Quando ouvirdes falar de guerras e revoluções, não fiqueis apavorados. É preciso que estas coisas aconteçam primeiro, mas não será logo o fim". 10 E Jesus continuou: "Um povo se levantará contra outro povo, um país atacará outro país. 11 Haverá grandes terremotos, fomes e pestes em muitos lugares; acontecerão coisas pavorosas e grandes sinais serão vistos no céu".


— Palavra da Salvação.



Reflexão



1. Antes de tudo, convém salientar, para entrarmos nesse discurso escatológico de Lc, uma sequência de ações salvíficas muito importante: o momento da criação, a queda do homem, a preparação do povo de Deus, o julgamento de Jerusalém, o tempo da Igreja e a vinda do Filho do Homem. Nessa sequência, podemos frisar o aspecto histórico-salvífico e o eclesial. Quanto à historicidade da questão, sabe-se que a época da promessa chegou ao fim, um tempo chegou ao seu cume, uma nova realidade desponta. O plano de Deus atinge seu ápice em Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Jerusalém passa por um julgamento, que prefigura o julgamento final.


 


2. O sinal prefigurativo mais forte é justamente a destruição do Templo, lugar central da fé do povo de Deus. Enquanto muitos se encantam com a beleza física do edifício, Jesus declara o seu fim, sua inutilidade na Nova e Eterna Aliança. O olhar de Jesus se voltava para outra realidade mais importante, mais significativa e essencial na sua missão. Trata-se da pessoa humana, principalmente aquela que humildemente se abandona à vontade do Senhor. Seu olhar fixou-se naquele Centurião; na pobre viúva, que LHE pediu a cura para uma filha; na outra triste viúva, que conduzia seu único filho para o cemitério; em Pedro, quando este renunciava publicamente sua intimidade com o Salvador; naqueles que foram responsáveis pela Sua morte, quando ao Pai pede o perdão para todos, pelo fato de desconhecerem a gravidade do que faziam. O coração de Jesus acompanha a lógica de quem enxerga as pessoas e nãos as coisas por si mesmas. Outra, porém, era a forma de pensar do homem de Sua época. Para o povo judeu, o Templo era a mais preciosa maravilha do mundo.


 


3. Quando será o fim? Jesus não o declara. A data não tem importância para Ele. Muitos se apegarão ao fim dos tempos, marcarão datas e farão absurdos, confundirão os demais com discursos desequilibrados, falsos e extravagantes; abordarão os demais a fim de obter algum benefício ou lucro em cima do medo das pessoas. Na verdade, muitos falsos profetas surgirão, disse Jesus, muitos enganadores, falsificadores da Palavra de Deus, muitos ilusionistas da fé e criadores de empresas religiosas. Então Jesus avisa claramente: "Não sigais seus passos!" Além do falso profetismo, surgirão nações contra nações, terremotos, fome, pestes, fenômenos jamais vistos e sinais no céu. O dia se transformará em noite, a noite em dia, pavor, corrupção etc. O que dizer de tudo isso? Jesus está assustando seus discípulos com esse assunto? Certamente não: "Não fiqueis apavorados", disse Ele.


 


4. Jesus ensina e motiva seus discípulos. Eles serão presos, perseguidos, entregues às sinagogas, levados diante de reis e governadores por causa do Seu nome. Serão entregues até pelos familiares e amigos, causando inclusive a morte de alguns deles. Serão odiados por causa do mesmo nome de Jesus, que não promete a paz segundo a mentalidade mundana, a sofisticação e as facilidades oferecidas pelo mundo. Aquilo que fizeram com o Mestre, também farão com seus discípulos. O que Jesus pede é fé, coerência e perseverança, confiança na Sua vitória e na Sua defesa. Ele é o bom Pastor, que cuidará do seu rebanho em todos os mais complicados momentos de sua vida. Se estiverem, por motivo de calúnias e perseguições, diante de autoridades iníquas, terão o Espírito Santo como seu Defensor. O importante é que cada um não siga as ideias e valores mundanos, mas tenham uma vida de fidelidade e comunhão total com o Senhor.


 


5. Os discípulos são convidados a testemunharem, no tempo da Igreja, com suas vidas, Jesus Cristo nosso Senhor; testemunho que será realizado "permanecendo firmes", a fim de conquistarem a vida eterna. Que cada um, dentro da perspectiva lucana, leve em conta o que aconteceu com os que foram martirizados por causa de Jesus. Sem desanimarem, vendo os exemplos dos antepassados, mantenham suas esperanças na vinda do Filho do Homem, no tempo determinado por Deus, segundo seus desígnios. E ainda possam ser vigilantes, em oração e na proclamação corajosa da Palavra.

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