Alegrem-se os céus e exulte a terra, porque o Senhor virá e terá compaixão dos pequeninos (Is 49,13). Geração após geração, Deus foi alimentando a vida do seu povo com a promessa do envio do Salvador do mundo. 17-12

 


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Geração após geração, Deus foi alimentando a vida do seu povo com a promessa do envio do Salvador do mundo. Até que, finalmente, vem Jesus, “filho de Davi, filho de Abraão”. Nele “todos os povos serão abençoados”. Preparemos o coração para receber o Filho de Deus, que vem morar entre nós.

Primeira Leitura: Gênesis 49,2.8-10


Leitura do livro do Gênesis – Naqueles dias, Jacó chamou seus filhos e disse: 2“Juntai-vos e ouvi, filhos de Jacó, ouvi Israel, vosso pai! 8Judá, teus irmãos te louvarão; pesará tua mão sobre a nuca de teus inimigos, se prostrarão diante de ti os filhos de teu pai. 9Judá, filhote de leão: subiste, meu filho, da pilhagem; ele se agacha e se deita como um leão e como uma leoa; quem o despertará? 10O cetro não será tirado de Judá, nem o bastão de comando dentre seus pés, até que venha Aquele a quem pertencem e a quem obedecerão os povos”. – Palavra do Senhor.

 

 

 


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Salmo Responsorial: 71(72)

Nos seus dias, a justiça florirá / e paz em abundância, para sempre.

1. Dai ao rei vossos poderes, Senhor Deus, / vossa justiça ao descendente da realeza! / Com justiça ele governe o vosso povo, / com equidade ele julgue os vossos pobres. – R.

2. Das montanhas venha a paz a todo o povo, / e desça das colinas a justiça! / Este rei defenderá os que são pobres, / os filhos dos humildes salvará. – R.

3. Nos seus dias, a justiça florirá / e grande paz, até que a lua perca o brilho! / De mar a mar estenderá o seu domínio, / e desde o rio até os confins de toda a terra! – R.

4. Seja bendito o seu nome para sempre! / E que dure como o sol sua memória! / Todos os povos serão nele abençoados, / todas as gentes cantarão o seu louvor! 

via-sacra_5a_estacaoJesus não é nenhum personagem fictício, inventado para compor uma narrativa. É pessoa real, que entra na história humana e se torna elo significativo da grande corrente de gerações desde Abraão até “José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus, que é chamado Cristo”. Ao apresentar a lista das gerações, Mateus quer sublinhar lutas, conquistas, derrotas, erros e também a fé de um povo, o povo de Israel. Para os judeus, era importante comprovar que Jesus é descendente de Abraão, nosso pai na fé; e de Davi, o grande líder do povo de Deus: “Acaso não será este o Filho de Davi?” (Mt 12,23). Para nós, é salutar ter a certeza de que Jesus, “nascido de uma mulher” (cf. Gl 4,4), veio morar entre nós e assumiu a condição humana.

Antes de tudo, o texto quer mostrar que Jesus não é uma fantasia, não é um mito, mas alguém que tem uma identidade, uma família, e ainda mais importante, segundo o contexto de Israel, ele tem uma genealogia. Além disso, ele é apresentado como o ápice da história da salvação, dividida aqui por Mt em três partes, num total de 14 gerações: de Abraão até Davi (dois nomes determinantes para demonstrar a origem de Jesus)[1], deste até o exílio na Babilônia, e deste exílio até Cristo. Em Davi tem-se um ponto alto; na Babilônia, o fracasso; e em Jesus Cristo, a realização, a plenitude. Essa divisão de 14 gerações em três partes não compreende a totalidade das gerações, pois sabe-se que muitos nomes foram omitidos, e ainda mais, outro dado importante, as três divisões são localizadas em períodos desiguais[2]. A figura de Davi é central nessa narrativa, porque em vista da promessa de um reino indestrutível. Convém assinalar que o nome DAVI, numericamente, totaliza 14, o que revela, de imediato, a intenção do evangelista em apresentar Jesus como o Rei esperado, o Messias restaurador de uma dinastia destruída pela Babilônia, mas que será restabelecida para sempre por Jesus, o Filho de Maria. Bento XVI observa que essa forma estrutural genealógica em Mt “é um verdadeiro Evangelho de Cristo-Rei: a história inteira aponta para Ele, cujo trono estará firme para sempre”[3].Ao colocar Jesus como plenitude e apresentá-lo como o Messias, Mt enfatiza a origem divina do Salvador, quebrando a estrutura comum da genealogia, que sempre põe o pai como aquele que gera. No caso de Jesus, colocou José, o esposo de Maria, da qual nasceu Jesus. Trata-se de um fato histórico, pois Jesus faz parte do Povo de Deus, é descendente de Abraão, veio como o Messias esperado, mas com algo absolutamente novo: não houve participação de homem algum no Seu nascimento. Ele vem de (ek= from, preposição indicativa de origem) Maria, por ação do Espírito Santo. Através de Maria, o Pai, por ação do Espírito Santo, cria a humanidade do Seu Filho: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1,14). Aquele que é 100% Deus, tornou-se 100% homem. Diferentemente de Lucas, que observa a genealogia de modo ascendente, chegando a Adão e, a partir deste, apresentar uma visão universal da salvação, tendo em Cristo o início de uma nova humanidade, Mateus volta-se para a história de Israel, atraindo toda atenção para o Messias, Aquele pelo qual, a partir de Israel, a humanidade será abençoada. Dois olhares diversos, mas uma só conclusão: Jesus é o Messias esperado, o Novo Adão, a Salvação para todos os povos.

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