We are all called to the most important encounter in all of history: the encounter with Jesus.

 

We are all called to the most important encounter in all of history: the encounter with Jesus. "If the Magi (wise men), who were searching for the King of the Jews guided by the star, represent the movement of the peoples towards Christ, this implicitly means that the universe speaks of Christ, (...). The language of creation offers various indications: it awakens in man the intuition of the Creator; it also awakens the expectation, or rather the hope, that one day this God will manifest Himself; and, at the same time, it awakens the awareness that man can and must go to meet Him. But the knowledge that springs from creation and is concretized in religions can also lose its proper direction, ceasing to impel man to set out beyond himself and inducing him instead to fixate on systems through which he believes it is possible to confront the hidden powers of the world" (Joseph Ratzinger. The Childhood of Jesus, 85-86).

Disoriented, man can follow the dictates of the logic of the world: the logic of power, domination, and exploitation of others, represented by Herod and polytheistic religions, especially those that worshipped the stars. "Upon entering the pagan world, the Christian faith had to face again the question of astral divinities. That is why, in the letters of the captivity to the Ephesians and the Colossians, Paul insisted strongly on the fact that the risen Christ had conquered all principalities and powers of the air and dominated the entire universe. The story of the star of the Magi also follows this line: it is not the star that determines the destiny of the Child, but the Child who guides the star. If one wishes, one could speak of a kind of anthropological shift: the man assumed by God - as shown here in the Only Begotten Son - is greater than all the powers of the material world and worth more than the entire universe" (Joseph Ratzinger. The Childhood of Jesus, 87). Those men worshipped the stars, but the Lord used the same stars so that everyone could find Him. There is no doubt that the universe speaks of Him, the Word made flesh, it is a sign of HIM, it is the work of His hands. In the search for truth, even if groping for it, the wise find it where fools would never imagine it to be there.

Well, right there, in a corral or stable, Jesus is presented as the King of kings. Later, Pilate will present Him as the King of the Jews on a plaque placed on the cross. Certainly, with this expression there is a connection between the royalty of the Child and the mystery of the Cross. Furthermore, the trough itself, the place that served as the "cradle" for the Child, is also a sign of the wood where He, the Child, will end His human existence in history. In truth, He is a different King: He does not have a material kingdom according to the logic of the world, He does not have a crown of important jewels, He does not have sumptuous clothes, He does not have a palace, He is not flattered by the rich of the world, He does not have a court of exploiters, etc. He came into the world, but He was not received with banquets, nor did He even find a house in which to be born. Around Him, besides His mother, Mary, there was His adoptive father, Joseph, and then came some shepherds of no good reputation. When His passion came, He received a cross as His throne; thorns as His crown; two thieves as His ministers; mocking soldiers as His guests; the nakedness of fidelity to the will of the Father as His garments; a sponge with vinegar as His wine (in Cana, He gave the best wine; on the Cross, He receives the vinegar of the indifference of those He loved); the piercing of a spear as His caress; the indifference of those He loved as His response to His love; as certainty before Him, His love and the love of the Father, the hope of the Mother and the faith of the beloved disciple; and as a reaction to the hatred of the world, only mercy.

In short, God grants man a horizon, a "star", which points the right path, the path that is Christ, the King, Divine, Priest, Victim, Servant. The Magi worshipped Him, because He is not only the King of kings, but God Himself there, present in history. He is the Lord, who, in history, will act as the Good Shepherd, but also as the Priest, who will offer Himself as a victim of atonement for the sins of the world. He, as a priest, will offer the victim that is Himself, in a perfect and holy sacrifice, and yet, irreplaceable, unrepeatable, but only updated in history. His whole life was an authentic sacrifice of love for humanity, living in the condition of Servant, seeking to destroy all the barriers that impede the fulfillment of God's will. Only in his condition of absolute love, inverting the logic of power, being God made flesh, light for the people, could he be the only one capable of leading humanity to the fulfillment of the Father's will, to its fulfillment, to its fullness. When they met this Child, the Magi discovered, intuited, by the will of God, that there is no other way, no other mentality that can save man, that Herod's power is an illusion, that religions are indifferent to the truth, which is Christ.

Todos somos chamados para o mais importante encontro de toda a história: o encontro com Jesus. "Se os magos (sábios), que andavam à procura do rei dos judeus guiados pela estrela, representam o movimento dos povos para Cristo, isso significa implicitamente que o universo fala de Cristo, (...). A linguagem da criação oferece variadas indicações: suscita no homem a intuição do Criador; além disso, suscita a expectativa, ou melhor a esperança de que um dia esse Deus Se manifestará; e, ao mesmo tempo, suscita a consciência de que o homem pode e deve ir ao encontro d'Ele. Mas o conhecimento que brota da criação e se concretiza nas religiões pode também perder a justa orientação, deixando de impelir o homem para se pôr em marcha para além de si próprio e induzindo-o antes a fixar-se em sistemas por meio dos quais julga ser possível enfrentar os poderes ocultos do mundo" (Joseph Ratzinger. A Infância de Jesus, 85-86).

 

Desorientado, o homem pode seguir os ditames da lógica do mundo: a lógica do poder, da dominação, da exploração do outro, representada por Herodes e pelas religiões politeístas, especialmente, aquelas que adoravam os astros. "Ao entrar no mundo pagão, a fé cristã devia enfrentar novamente a questão das divindades astrais. Por isso, nas cartas do cativeiro aos Efésios e aos Colossenses, Paulo ter insistido fortemente no fato de que Cristo ressuscitado venceu todo o principado e potestade do ar e domina o universo inteiro. Nesta linha se situa também a narrativa da estrela dos magos: não é a estrela que determina o destino do Menino, mas o Menino que guia a estrela. Se se quiser, pode-se falar de uma espécie de viragem antropológica: o homem assumido por Deus - como aqui se mostra no Filho Unigênito - é maior do que todos os poderes do mundo material e vale mais do que o universo inteiro" (Joseph Ratzinger. A Infância de Jesus, 87). Aqueles homens cultuavam os astros, mas o Senhor utilizou os mesmos astros, a fim de que todos pudessem encontrá-lo. Não há dúvida de que o universo fala sobre Ele, o Verbo feito carne, é um sinal DELE, é obra de Suas mãos. Na procura da verdade, mesmo que as apalpadelas, os sábios encontram-na onde os tolos jamais imaginariam que ali ELA estivesse.

 

Pois bem, ali mesmo, num curral ou estábulo, Jesus é apresentado como o Rei dos reis. Mais tarde, Pilatos vai apresentá-lo como Rei dos judeus numa placa posta na cruz. Certamente, com essa expressão tem-se uma ligação entre a realeza do Menino e o mistério da Cruz. Além disso, o próprio cocho, o lugar que serviu de "berço" para o menino, é também sinal do madeiro onde Ele, o Menino terminará sua existência humana na história. Na verdade, trata-se de um Rei diferente: não tem reino material segundo a lógica do mundo, não tem coroa de joias importantes, não possui vestes suntuosas, não tem palácio, não é bajulado pelos ricos do mundo, não possui uma corte de exploradores etc. Ele veio ao mundo, mas não foi recebido com banquetes, nem mesmo uma casa para nascer não encontrou, ao seu redor, além de sua mãe, Maria, estava ali seu pai adotivo, José, depois vieram alguns pastores sem boa fama. Quando chegou Sua paixão, recebeu como trono, uma cruz; como coroa, espinhos; como ministros, dois ladrões; como convivas, soldados escarnecedores; como vestes, a nudez da fidelidade à vontade do Pai; como vinho, uma esponja com vinagre (em Caná, Ele deu o melhor vinho, na Cruz, Ele recebe o vinagre da indiferença daqueles por Ele amados); como afago, a perfuração de uma lança; como resposta ao seu amor, indiferença por parte de quem era amado; como certeza diante de Si, o Seu amor e o amor do Pai, a esperança da Mãe e fé do discípulo amado; e como reação ao ódio do mundo, somente misericórdia.

 

Em suma, Deus concede ao homem um horizonte, uma "estrela", que aponta a estrada certa, a estrada que é Cristo, o Rei, Divino, Sacerdote, Vítima, Servo. Os magos o adoraram, pois trata-se não somente do Rei dos reis, mas de Deus mesmo ali, presente na história. Ele é o Senhor, que, na história, agirá como o Bom Pastor, mas também como o Sacerdote, que oferecerá a si mesmo, como vítima de expiação pelos pecados do mundo. Ele, como sacerdote, oferecerá a vítima que é Ele mesmo, num sacrifício perfeito e santo, e ainda, insubstituível, irrepetível, mas tão somente atualizado na história. Toda sua vida foi um autêntico sacrifício de amor pela humanidade, vivendo na condição de Servo, procurando destruir todas as barreiras que impedem a realização da vontade de Deus. Somente na sua condição de amar absolutamente, invertendo a lógica do poder, sendo Deus feito carne, luz para os povos, pôde ser o único capaz de conduzi a humanidade ao cumprimento da vontade do Pai, à sua realização, à sua plenitude. Ao se encontrarem com esse Menino, os magos descobriram, intuíram, por vontade de Deus, que não existe outro caminho, outra mentalidade que possa salvar o homem, que o poder de Herodes é ilusão, que as religiões indiferentes à verdade, que é Cristo.